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Apresentação
Apresentação
A interpretação, o trabalho de representação do actor, dependendo de uma “interpretação” (do actor, do encenador), está indelevelmente ligado aos contextos de expressão, em particular às diferenças de “medium” em que se insere e onde se exerce. Esta unidade curricular visa dar conta das diferenças ontológicas e fenomenológicas entre as formas de arte que convocam a representação, isto é, a “interpretação do actor”, simultaneamente aparentadas e irredutíveis umas às outras — teatro-dança-cinema... Serão abordadas as especificidades dos contextos audiovisuais (o cinema, a televisão, outros), na sua diferença relativamente ao contexto primevo da interpretação — o palco ou a cena teatral. Abordaremos as formas transversais de base, fílmicas e teatrais — os territórios formais e, dentro destes, os géneros — mas igualmente características técnicas e sócio-técnicas distintas: quer quanto ao registo, quer quanto à composição, quer quanto ao “visionamento” (relação com o espectador).
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Disciplina do curso
Disciplina do curso
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Grau | Semestres | ECTS
Grau | Semestres | ECTS
Licenciado | Semestral | 6
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Ano | Natureza | Lingua
Ano | Natureza | Lingua
1 | Obrigatório | Português
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Código
Código
ULHT6801-25265
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Pré-requisitos e co-requisitos
Pré-requisitos e co-requisitos
Não aplicável
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Estágio Profissional
Estágio Profissional
Não
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Conteúdos Programáticos
Conteúdos Programáticos
1. Introdução: dos contextos da interpretação à interpretação em contexto 1.1 «O teatro, uma invenção da Europa» (Georges Banu) 1.2 A importância do espaço: o palco, o espaço teatral 1.3 Fenomenologia do intérprete 2. Questões ontológicas da interpretação e do teatro 2.1 Entre dança e cinema 2.2 O texto, o ocorrer teatral, o público 2.3 Teatro e política, teatro e pensamento 3. Contextos de media 3.1 Cinema, televisão e outros formatos em mutação 3.2 O registo, a composição, o espectador 3.3 Grandes formas: do ficcional ao documental, do drama à comédia 3.4 Pequenas formas: o género 4. Invenção figurativa 4.1 Relação entre corpo e imagem 4.2 Figuras do actor 4.3 Interacção actor-encenador/realizador 5. Interpretação enquanto hermenêutica pragmática 5.1 Texto, corpo, voz, objectos, drama: excertos 5.2 Assunto e mecânica dramática: estudos de caso 5.3 Peça de teatro e filme: estudos de caso Adenda: Encenadores modernos e contemporâneos (escolha)
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Objetivos
Objetivos
A unidade curricular de Interpretação Em Contexto visa proporcionar conhecimento, do ponto de vista da criação, quer dos diversos media em que a interpretação (representação) ocorre, quer das relações de criação dos actores com os diversos agentes, em particular os realizadores e os encenadores. Eis, em síntese, os conhecimentos, aptidões e competências a adquirir e desenvolver: a) conhecimento das especificidades dos diversos contextos de criação com interpretação; b) conhecimento formal das relações criação dos intérpretes com os outros agentes; c) conhecimento das determinações formais da criação com a interpretação, em perspectiva histórica; d) aptidão para o desenvolvimento de competências adaptativas no âmbito da interpretação; d) estabelecimento de um posicionamento pessoal relativamente à interpretação do texto dramático.
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Metodologias de ensino e avaliação
Metodologias de ensino e avaliação
As lições consistirão em: a) primeira metade das sessões: metodologia expositiva combinada com metodologias activas através da apresentação dos conteúdos enunciados, leituras e discussão; b) segunda metade das sessões: 1. visionamento de pequenos excertos de filmes, com discussão relacionada com os conteúdos; 2. Análise de casos relevantes, destacados na bibliografia apresentada - e igualmente mediante pesquisa, incessantemente renovada. Trata-se de uma unidade curricular teórico-prática: o levantamento de problemas, a sua delimitação e explicitação têm como correlato o visionamento e o tratamento de análises de detalhe, que os alunos serão também chamados a realizar.
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Bibliografia principal
Bibliografia principal
AUMONT, Jacques (2006). Le Cinéma Et La Mise En Scène. Paris: Armand Colin AUMONT, Jacques (dir.) (1995). L’Invention De La Figure Humaine. Paris: Cinémathèque Française BORDWELL, David (2005). Figures Traced In Light. On Cinematic Staging. U.S.A.: University of California Press BRENEZ, Nicole (1998). De La Figure En Général Et Du Corps En Particulier. L’Invention Figurative Au Cinéma. Bruxelas: De Boeck Supérieur BRESSON, Robert (1975). Notas Sobre O Cinematógrafo. Porto: Porto Editora, 2003
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Horário de Atendimento
Horário de Atendimento
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Mobilidade
Mobilidade
Não