Disciplina Engenharia genética na área alimentar

A unidade curricular Engenharia Genética na área alimentar insere-se no domínio da biotecnologia alimentar e molecular, abordando as ferramentas de biologia molecular aplicadas à engenharia genética com fins alimentares. O seu campo de ação inclui a produção de alimentos, bebidas, aditivos e suplementos por via de organismos geneticamente modificados, integrando também tecnologias avançadas de biologia moelcular como NGS, recombinação de Gibson ou CRISPR. Esta UC é particularmente relevante no ciclo de estudos por dotar os alunos de competências técnico-científicas e laboratoriais fundamentais para a inovação na indústria alimentar, bem como de uma consciência crítica sobre os aspetos éticos da modificação genética. Contribui assim de forma direta para a formação avançada em biotecnologia alimentar e para a empregabilidade em contextos laboratoriais, industriais e de investigação.

Não aplicável

1. Revisão das técnicas de biologia molecular utilizadas na engenharia genética 1.1. Tecnologia de DNA recombinante, seleção de vetores, mutagénese e manipulação de DNA 2. Importância da engenharia genética na indústria alimentar  2.1. identificação da necessidade de gerar organismos geneticamente modificados  2.2. Produção industrial de bebidas e alimentos para consumo direto 2.2. Produção de aditivos e suplementos alimentares 3. Introdução às tecnologias de sequenciação 3.1 Casos práticos de uso das tecnologias de sequenciação na indústria alimentar  4. Técnicas de manipulação genética de organismos 4.1. Manipulação genética de microrganismos para fermentação de alimentos, e/ou produção de aditivos e suplementos alimentares 4.2. Manipulação genética em células animais 4.3. Manipulação genética em células vegetais 4.4- Tecnologia CRISPR e sua aplicação na engenharia genética para a indústria alimentar 5. Questões éticas relativas à manipulação genética de organismos para consumo alimentar

Esta UC encontra-se dividida entre aulas teóricas expositivas e aulas práticas de laboratório. As metodologias de ensino foram concebidas para promover a aquisição integrada e progressiva dos objetivos de aprendizagem. A combinação de aulas expositivas com ferramentas interativas, como o SLIDO, favorece a participação ativa e o feedback imediato, consolidando os conceitos fundamentais. Nas aulas práticas, os alunos desenvolvem protocolos fornecidos pelos docentes, com enfoque na modificação genética de organismos através de estratégias de recombinação de ponta. Paralelamente, é promovido o desenvolvimento de um trabalho inovador que integra os conceitos teóricos na conceção e aplicação prática de novas soluções em engenharia genética. Esta abordagem híbrida capacita os estudantes para reconhecerem a importância da engenharia genética na indústria alimentar e nutracêutica, e desenvolverem competências técnicas e éticas associadas à manipulação genética de organismos.

-Sydney E. Scott, Yoel Inbar, Christopher D. Wirz, Dominique Brossard, Paul Rozin. An Overview of Attitudes Toward Genetically Engineered Food. Annual Review of Nutrition 2018 38:1, 459-479 -Bryan Delaney and others, Food and Feed Safety of Genetically Engineered Food Crops, Toxicological Sciences, Volume 162, Issue 2, April 2018, Pages 361–371, https://doi.org/10.1093/toxsci/kfx249 -Frewer, L.J., Howard, C. and Shepherd, R. (1995), "Genetic engineering and food: what determines consumer acceptance?", British Food Journal, Vol. 97 No. 8, pp. 31-36. https://doi.org/10.1108/00070709510100118 -Abdul Aziz, M., Brini, F., Rouached, H., & Masmoudi, K. (2022). Genetically engineered crops for sustainably enhanced food production systems. Frontiers in plant science, 13, 1027828. https://doi.org/10.3389/fpls.2022.1027828