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Apresentação
Apresentação
As sociedades contemporâneas estão marcadas pela convergência da cultura e da técnica. A experiência do mundo está a ser substituída, complementada e articulada pelas tecnologias dos media, ao mesmo tempo que surgem novos domínios inteiramente mediados. Este fenómeno inicia-se no séc.XIX, com a invenção da fotografia, do gramofone, do cinema bem como de outras tecnologias de registo e transmissão posteriores. A partir desse conceito somos remetidos para o domínio instrumental do processo criativo humano e da sua compreensão, mas também ao lugar e suporte onde têm lugar essas criações. O meio, enquanto categoria, é um conceito charneira que, desde a modernidade, se tem vindo a revelar imprescindível para compreender o presente. Um dos mais proeminentes pensadores dos meios, Kittler, afirma que os «media determinam a nossa situação».
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Disciplina do curso
Disciplina do curso
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Grau | Semestres | ECTS
Grau | Semestres | ECTS
Mestre | Semestral | 4
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Ano | Natureza | Lingua
Ano | Natureza | Lingua
1 | Obrigatório | Português
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Código
Código
ULHT6353-23330
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Pré-requisitos e co-requisitos
Pré-requisitos e co-requisitos
Não aplicável
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Estágio Profissional
Estágio Profissional
Não
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Conteúdos Programáticos
Conteúdos Programáticos
O que é o meio? Meio e técnica; Experiência e mediação: efeitos da percepção mediada; Teoria dos media e arqueologia dos media: as relações na história; Genealogia dos media e arqueologia dos media visuais: singularidade e interconexão; Estudos de casos: os regimes ópticos modernos: A análise da visão e as imagens ópticas Fantasmagoria, media luminosos e espectáculo Mudança da percepção do real e visão maquínica; da fantasmagoria à realidade virtual Breve arqueologias dos media sónicos e auditivos Sobre as imagens contemporâneas: imagem e Cinematismo; telema¿ticas da imagem. Contexto e Arquivo: transmitir, difundir, armazenar; Os media como instrumentos criativos: alfabeto, fotografia, cinema; Subjectividade e mediação: o problema da materialidade dos media; Media e Herança Cultural.
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Objetivos
Objetivos
a) distinguir meio (media) e tecnologia; b) produzir um juízo crítico sobre os media em contexto criativo; c) reconhecer as figurações dos media sobre a cultura; d) conhecer a genealogia dos meios e como uma arqueologia dos media é possível; e) compreender a arqueologia pré-cinematográfica do espectáculo, do fantasmagórico e do virtual f) identificar a relação entre os estudos da visão e o desenvolvimento de máquinas óticas g) reconhecer a ‘realidade dos media’ visuais e audiovisuais; h) entender os paralelos e as diferenças existentes entre as arqueologias da imagem e do som i) determinar o impacto dos media nas artes e na estética; j) saber identificar as estratégias políticas possibilitadas pelos media; k) identificar linhas de investigação nos estudos dos media. l) ser capaz de construir um discurso argumentativo sistemático sobre as relações entre cultura, arte, media e realidade.
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Metodologias de ensino e avaliação
Metodologias de ensino e avaliação
Por ser uma unidade curricular de natureza e competências essencialmente teóricos, a aula magistral apresenta-se como a metodologia mais pertinente. O levantamento de problemas, sua delimitação e explicitação são os elementos de principal uso. A heurística hermenêutica textual serão também recursos a utilizar. A verificação e acompanhamento da aquisição de competências faz-se a partir da discussão pública dos argumentos em torno dos problemas levantados e em exercícios em sala de aula. A avaliação tem um item qualitativo e dois quantitativos. O quantitativo será testado pela assiduidade dos alunos e a sua participação, bem como de um exercício de apresentação de um tema-problema presente no programa. A avaliação qualitativa faz-se pela elaboração de uma apresentação oral de um tema-problema e pela escrita de um ensaio de pelo menos 2500 palavras. Ponderação da avaliação: assiduidade: 10%; apresentação oral: 40%; ensaio: 50%.
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Bibliografia principal
Bibliografia principal
Agamben, G., Qu’est-ce qu’un dispositif?». Paris: Payot & Rivages, 2007. Benjamin, W. «A obra de arte na época da sua possibilidade de reprodução técnica». In A modernidade. Lisboa: Assírio & Alvim: 2006, pp. 207-241. Crary, J. Capítulos 2, 3 de Techniques of the Observer. On Vision. Cambridge, MA: MIT Press, 1992. Flusser, V., Medienkultur. Frankfurt a. M.: Fischer, 2005. Foucault, M. L’archéologie du savoir. Paris: Gallimard, 1969. Gunning, Tom. “From Magic to Illusions: The Power of the Virtual”. Em Illusion in Cultural Practice: Productive Deceptions, organizado por Katharina Rein, 34–52. London & New York: Routledge, 2021. ———. “Re-newing Old Technologies: Astonishment, Second Nature, And the Uncanny in Technology from the Previous Turn-of-the-Century”. Em Rethinking Media Change: The Aesthetics of Transition, organizado por David Thorburn e Henry Jenkins, 39–60. Cambridge, MA & London: MIT Press, 2003.
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Horário de Atendimento
Horário de Atendimento
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Mobilidade
Mobilidade
Não