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Apresentação
Apresentação
A relação arte-tecnologia pergunta: Como é que a tecnologia molda a nossa compreensão da arte e da experiência e produção de som? Serão as artes, no tempo das plataformas digitais, agora um mero recreio tecnológico? Será que o sonho da máquina criativa revela um tecno-determinismo? Ou será que a arte é o campo que nos devolve o sentido da vida e a crença no mundo? Mosta-se capaz de nos oferecer uma base sólida de reflexão sobre a tecnologia? Se a arte pretende ser uma praxis cujos fins são interiores aos seus meios, a tecnologia poderia referir-se a um fazer/produzir/artefacto, em que os fins são exteriores aos meios, operacionalizados para impulsionar soluções protéticas, re-mediadas, aumentadas, aceleradas e como um atalho técnico. Esta relação duradoura entre tecnologia e arte sublinha o profundo envolvimento com os seus meios, media e ferramentas. O nosso objetivo nesta UC é iluminar as coincidências, divergências e ressonâncias histórico-filosóficas da relação arte-tecnologia.
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Disciplina do curso
Disciplina do curso
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Grau | Semestres | ECTS
Grau | Semestres | ECTS
Mestre | Semestral | 8
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Ano | Natureza | Lingua
Ano | Natureza | Lingua
2 | Obrigatório | Português
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Código
Código
ULHT2722-17420
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Pré-requisitos e co-requisitos
Pré-requisitos e co-requisitos
Não aplicável
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Estágio Profissional
Estágio Profissional
Não
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Conteúdos Programáticos
Conteúdos Programáticos
1. A arte como tecnologia: perspectivas históricas e debates contemporâneos 2. Pensamento sónico: Da psicoacústica à IA no design de som 3. Julgamento estético na era digital 4. Performatividade, arte, linguagem e técnica 5. Estética da atenção digital e arte contemporânea 6. Ruído e Ressonância 7. Epistemologia da estética: A abordagem de Dieter Mersch 8. Arqueologia dos media e figuras sonoras 9. Som sintético: História, tecnologia e estética 10. Escuta incorporada e desencarnada no cinema 11. Rumo ao som pós-humano? Explorando novas fronteiras auditivas 12. A face mutante da arte: IA, avatares e identidades digitais 13. A improvisação e o digital: Novas formas de expressão artística 14. A prática artística na era da IA: Criatividade Homem-Máquina 15. A prática artística na era da IA II
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Objetivos
Objetivos
a) Desenvolver uma compreensão da interação entre arte e tecnologia b) Analisar criticamente as dimensões histórica, cultural e filosófica das práticas de escuta e das tecnologias sonoras c) Reconhecer e problematizar juízos estéticos; d) Distinguir diferentes posições relativamente à arte e à epistemologia da estética do sec. XX e XXI. e) Identificar a influência da tecnologia na produção artística f) Tomar consciência da complexa relação entre materialidade, acontecimento, performatividade, hacking e improvisação nas artes e tecnologias contemporâneas g) Compreender a intersecção entre a arte incorporada, a antropotécnica e a antropologia do som bem como abordagens pos-humanas h) Adquirir conhecimentos sobre a questão da existência de máquinas criativas e da co-criatividade homem-máquina i) Distinguir conceitos acústicos, epistemológicos e culturais de ruído e ressonância j) Debater posições e controvérsias do digital, da arte computacional, da estética da atenção na era da IA
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Metodologias de ensino e avaliação
Metodologias de ensino e avaliação
Com resultados e competências orientados pela teoria, este curso teórico tem como metodologia as aulas magistrais. O mapeamento e a problematização do desenvolvimento da relação entre arte e da tecnologia, seus conceitos e controvérsias, das tecnologias sonoras entre ruido, performatividade e ressonância, e seu impacto nas práticas artísticas são os principais elementos a serem utilizados. A verificação e o controlo da aquisição de competências são feitos através da discussão aberta de argumentos e conceitos escolhidos e na realização e do aprimoramento dos pensamentos ao falar na presença do outro. Avaliação: qualitativa e quantitativa. O momento qualitativo é a presença ativa do aluno na aula e a sua participação. A redação de um artigo científico de 3000-5000 palavras será o elemento de avaliação quantitativa. Ponderação: Apresentação oral e participação activa: 40%; Ensaio final: 60%
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Bibliografia principal
Bibliografia principal
Benjamin, W. (1992). Sobre arte, técnica, linguagem e política. Relógio d´Água Blumenberg, H.([1957]) “Imitation of nature. Toward a Prehistory of the Idea of the Creative Being”in: (2020). History, Metaphors, Fables A Hans Blumenberg Reader. Cornell University Press. Bishop, C. (2024). Disordered Attention: How We Look at Art and Performance Today. Verso. Cox, Christoph (2018). Sonic Flux. Sound, Art and Metaphysics. UCP Groys, B. (2022). Becoming an Artwork. Polity Kant, I. (1993[1790/17932]) Crítica da Faculdade de Juízo. Kramer, Lawrence, The Hum of the World. A Philosophy of Listening. University of California Press. Nietzsche, F. (2024). O Nascimento da Tragédia. Edições 70 McCormack, J., et al. (2023). Is Writing Prompts Really Making Art?. In: Artificial Intelligence in Music, Sound, Art and Design. Mersch, D. (2015). Epistemology of Aesthetics. Zurich/NY Zeilinger, M. (2021). Tactical entanglements : AI art, creative agency, and the limits of intellectual property. Meson Press.
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Horário de Atendimento
Horário de Atendimento
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Mobilidade
Mobilidade
Não