filmeu
debate-junta-especialistas-para-refletir-sobre-fragilidade-social-e-saude

Debate Junta Especialistas para Refletir sobre Fragilidade Social e Saúde

Profissionais discutem desafios na intervenção com pessoas vulneráveis, unindo Direito e Serviço Social numa abordagem humanizada e eficaz

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ODS1 ODS3 ODS5 ODS10 ODS16

05.05.25 - 10h00

No dia 9 de abril, decorreu nas novas instalações da Universidade Lusófona – Centro Universitário do Porto, na Rua de Alexandre Herculano, o seminário “Vulnerabilidade e Saúde”.

O evento reuniu especialistas nacionais e internacionais nas áreas de Direito e de Serviço Social, visando debater de forma integrada os principais desafios que se colocam aos profissionais que intervêm junto de populações e situação de fragilidade, nomeadamente no âmbito da saúde.

A sessão de abertura foi conduzida por Inês Fernandes Godinho, vice-presidente do CEAD (Centro de Estudos Avançados em Direito Francisco Suárez), que deu as boas-vindas a todos os estudantes presentes, com Rui Cascão, que moderou a sessão.

O primeiro painel iniciou-se com a intervenção de Mónica Teixeira, assistente social e docente da universidade, que apresentou o tema “Serviço Social no Regime do Maior Acompanhado: Práticas e Desafios”. Numa abordagem contextual, a oradora explicou como as transformações sociais e legislativas tornaram obsoletos os regimes de interdição e inabilitação, levando à criação do Regime Jurídico do Maior Acompanhado (RJMA), consagrado na Lei n.º 49/2018, em vigor desde 10 de fevereiro de 2019.

Durante o seu discurso, enfatizou também que qualquer maior de 18 anos pode requerer este regime, desde que esteja impossibilitado de exercer, de forma consciente, os seus direitos e deveres, sendo sempre privilegiada a escolha de um acompanhante idóneo, capaz de defender os interesses da pessoa acompanhada.

Ao longo da tarde, o seminário contou ainda com diversos painéis temáticos, abordando questões como o número de transplantes em Portugal, o interesse superior da criança, os desafios do direito médico, e a vulnerabilidade em contexto de guerra com intervenientes de instituições de renome, nomeadamente da Universidade Estatal Taras Shevchenko (Ucrânia), Universidade de Tilburg (Holanda) e Universidade Adam Mickiewicz (Polónia) que enriqueceram o debate.

Ao longo do seminário, realizaram-se mesas-redondas que contaram com a participação ativa dos estudantes no final de cada painel. O evento encerrou com uma sessão final que destacou a relevância de uma colaboração sólida entre o Direito e o Serviço Social, essencial para assegurar uma resposta mais humanizada e eficaz às situações de vulnerabilidade no sistema de saúde em Portugal.

Mónica Teixeira, abordou também as práticas associadas ao RJMA, desde a avaliação e diagnóstico social até à promoção da autonomia da pessoa acompanhada e ao apoio às famílias.

De seguida, ocorreu a intervenção de Sílvia Alves, assistente social na Santa Casa da Misericórdia de Lousada e coordenadora do Centro de Apoio ao Cuidador Informal de Lousada, com uma apresentação designada por “A importância do Regime Jurídico do Maior Acompanhado na intervenção com cuidadores informais”. A oradora destacou a relevância do RJMA para os cuidadores e para as pessoas cuidadas, sublinhando o papel essencial do assistente social na orientação, mediação de conflitos familiares e apoio no processo de requerimento do regime.

O primeiro painel terminou com a apresentação de Ana Isa Meireles, que aprofundou os fundamentos jurídicos do RJMA, frisando que este não é um regime eterno, mas sim supletivo, revisto periodicamente e adaptado às necessidades específicas de cada caso.

Fotografia
Renato Costa

Edição
Renato Costa

Cobertura
Renato Costa

Notícia
Sofia Pereira

Partilhar

Lisboa 2020 Portugal 2020 Small financiado eu 2024 prr 2024 republica portuguesa 2024 Logo UE Financed Provedor do Estudante Livro de reclamaões Elogios