Disciplina Artes Cénicas Orientais

Dada a relevância das Artes Performativas Asiáticas para as Artes Ocidentais, a unidade curricular atua neste campo proporcionando aos alunos o acesso a textos e práticas fundamentais que lhes permitam a integração das Artes Performativas Asiáticas, no que difere e no que é comum, na sua formação e promovendo a perícia da sua atuação profissional. Através da influência exercida pelas artes cênicas asiáticas nas práticas performáticas ocidentais dentro do teatro, da dança e das artes visuais, tanto na estética quanto na técnica: Meyerhold, Artaud, Grotowsky, Barba, Zarrili, Hijikata, J. Church e Beuys. Através da compreensão da influência exercida pelas artes cênicas asiáticas no teatro ocidental e na teoria da dança, como na literatura cujo o foco são os domínios culturais mencionados: Schechner, por exemplo.

Não aplicável

1. Unidade de conceito nas artes cénicas orientais: a identidade teatral; cosmografia e devocionalidade; inscrição tradicional e norma cénica 2. Tradição Japonesa: O Nô: fundamentos conceptuais e antecedentes históricos (Gigaku, Bugaku, Sarugaku); Relação às formas artísticas nativas: o monogatari, o haiku, o koan, o ukiyo-e; Relação à ética e à estética budistas: o Dô e o Tzurezuregusa; Fundamentos estilísticos e performativos: o Monomane, o Hana e o Yugen; O Kabuki: os três estilos históricos. O Butoh: crise e reflexão da tradição. 3. Narração com bonecos e sombras: morfologia e evolução: O Gonbeyata (India); Wayang (Bali); Mua Roi Nuoc (Vietname); Nang Talung (Tailândia); Piying (China); Bunraku (Japão) 4. A tradição indiana: Actualizar o sagrado: o Kutiyattam. Dançar a pura potência: o Kathakali. Dançar a ausência de dança: o Bharata Natyam

Exposição teórica e discussão dos principais problemas a partir de textos fundadores. Trabalho prático de criatividade e criação individual pelos alunos a partir das temáticas, universos, e métodos de treino abordados. Avaliação: 75 % Avaliação continua com exercício final: assiduidade e presença, participação ativa e proactiva, demonstração de conhecimentos adquiridos nas suas aplicações performativas e teóricas, evolução e progresso na compreensão das matérias da disciplina no decorrer das aulas. 25 % Artigo de pesquisa, enquadramento histórico de referencias e temas num artigo original de investigação.

ARTAUD, Antonin. (2006) O Teatro e o Seu Duplo, Lisboa: Fenda. BAIRD, B. (2012), Hijikata Tatsumi and Butoh: Dancing in a Pool of Gray Grits, Londres: Palgrave. BHARATA MUNI (1951) The Natyasastra, Calcutá: Asiatic Society of Bengal BRANDON, J. R., (1967) Theatre in Southeast Asia, Harvard: HUP KENKO, Y. (1998) The Tsurezuregusa of Kenko, New York: Columbia University Press KUSANO, D., (1993) Os Teatros Bunraku e Kabuki. Uma visada barroca, São Paulo: Perspectiva KUZI, M. ( 1992  ) The Sea Inside The Skin, Prague: TORST LUISI, E. e BOGÉA, I. (2002) Kazuo Ohno, São Paulo: Cosac &Naify Edições RICHMOND, F.P, SWANN, D.L., ZARRILLI, P.B, (2003) Indian Theatre. Traditions of Performance, Dehli: Motilal Banarsidass RUBIN, L., SEDANA, I. (2007) Performance in Bali, London & New York: Routledge SANTOS, João Soares (2000) Estudos sobre as Artes Cénicas Asiáticas, Lisboa: Fundação Oriente LUISI, E. e BOGÉA, I. (2002) Kazuo Ohno, São Paulo: Cosac & Naify Edições