Disciplina Técnicas de Interpretação III

O teatro, nascido do cruzamento com outras artes é, na sua essência, comunicação. Assente num tempo e num espaço simultaneamente subjetivo e objetivo, a representação oscila entre efeitos de presença e de significado. O ator estabelece uma partitura de criação que favorece a imaginação e o rigor e domina o trabalho corporal e vocal como o mental e emocional, numa unidade de sentidos que partilha com os espetadores. Assim, o desenvolvimento de um projeto é o culminar de todo o processo de formação. Numa lógica de aproximação à prática profissional de construção de um espectáculo, reforça o sentido de uma ética de trabalho do ator e evidencia a importância do trabalho em grupo, do diálogo construtivo, da responsabilidade individual e coletiva, da análise crítica e da confiança inventiva e criativa. Através de um acompanhamento constante, pretende-se dar aos alunos a responsabilidade artística e ética sobre o projeto, tendo em vista o sucesso da partilha com o público.

Não aplicável

Concepção e concretização de um projeto performativo. 1. Noções estruturantes dos processos de composição cénica de um projecto: - definição e apresentação de propostas criativas a desenvolver, justificando as escolhas em coerência significante entre as partes, ou seja, a dimensão plástica, sonora, de luz e de interpretação - suporte dramatúrgico - planificação e metodologias de trabalho 2. Reforço da importância do trabalho em grupo, do diálogo construtivo, da responsabilidade individual e colectiva, da análise crítica e da confiança inventiva e criativa.                                                                                                                      - consciência da interpretação “momento-a-momento” da vida da personagem                                                                                                                - conferir ao aluno o sentido de responsabilidade artística e ética do projeto teatral

- O actor tem de estar apto a criar não apenas o comportamento, mas o estado mental e emocional da personagem, sendo a acção física determinada por esse estado de emoção. A prática na aula promove a abertura do imaginário, da subjetividade e da criatividade e, simultaneamente, consolida as competências técnicas de interpretação. - A aposta na capacidade de diálogo e discussão entre os diferentes participantes no projecto valorizando o resultado final do espectáculo sobre os interesses individuais. - A apresentação do projecto à comunidade, reforça a importância das escolhas individuais e da valorização da dimensão colectiva no projecto, ao mesmo tempo que permite refletir a evolução do trabalho individual e do grupo na criação. - Assiduidade e pontualidade – 10% - Exercícios individuais e relatórios – 15% - Empenho, qualidade de participação e evolução - 35% - Trabalhos práticos em grupo - 40% - Sem exame final. Frequência de 75% das aulas. 

Konstantin Stanislavski, "A Minha Vida na Arte" Konstantin Stanislavski, "A Preparação do Actor" Michael Théckov, "To the Actor – on the technique of acting" Cicely Berry, "Voice and the Actor" Peter Brook, "O Espaço vazio" Declan Donnellan, "The Actor and the target" David Mamet, "True and False: Heresy and Common Sense for the Actor" Mark Crossely and James Yarker, "Devising Theatre with Stan's Cafe"