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Apresentação
Apresentação
Do naturalismo do séc. XVII aos movimentos vanguardistas do séc. XX - da reprodução real da vida na arte à noção do ator-criador. Noção de que o ator não é apenas aquele que diz um texto, mas uma entidade plástica tridimensional criativa. Expõe-se a importância da consolidação das competências técnicas necessárias à composição do ator no tempo e no espaço: os ritmos, a diferença de timbres, as intensidades na linguagem verbal, os gestos, a postura, o olhar e os movimentos corporais que favorecem a comunicação cinestésica com o espectador. Pelo reforço da imaginação, da autonomia criativa e engajamento na dramaturgia cénica, assim como pela valorização da responsabilidade individual e de grupo, progride-se de um actor amarrado à imitação da realidade, para um actor tecnicamente preparado, liberto dos caprichos e acidentes que a emoção impõe, com uma confiança inventiva e criativa mais sustentada e fundamentada.
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Disciplina do curso
Disciplina do curso
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Grau | Semestres | ECTS
Grau | Semestres | ECTS
Licenciado | Semestral | 3
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Ano | Natureza | Lingua
Ano | Natureza | Lingua
2 | Obrigatório | Português
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Código
Código
ULP1977-7498
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Pré-requisitos e co-requisitos
Pré-requisitos e co-requisitos
Não aplicável
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Estágio Profissional
Estágio Profissional
Não
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Conteúdos Programáticos
Conteúdos Programáticos
1 – Os movimentos vanguardistas do séc. XX: Appia, Stanislavski, Meyerhold, Lee Strasberg e Mickael Tchékhov . reorganização da criação cénica - uma nova prática relacional entre dramaturgos, encenadores, actores e espectadores. 2 – Consciência do actor em cena - corpo-voz-emoção-razão: . o corpo do actor feito veículo do pensamento, intermediário do universo do entendimento e da expressão; . partitura da comunicação com o público - a composição do actor (ou a verdade do seu jogo no espaço e no tempo) 3 – O espectáculo como organismo vivo: . deslocação do centro de gravidade da composição do texto para a sua representação; . a dramaturgia do actor: trabalho sobre o texto como um acto de criação e cocriação num equilíbrio entre os efeitos de significado e de presença; 4- Formação em Estúdio de Som e Dobragens: . as especificidades técnicas e artísticas que envolvem os trabalhos de locução e de dobragem.
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Objetivos
Objetivos
- Promover a tomada de consciência das mudanças do papel do actor no espectáculo desde o sec. XVII até aos nossos dias; - Desenvolver uma ética de trabalho: o actor como criador, tecnicamente preparado, criativo e atento ao seu ofício; - Consolidar os fundamentos da interpretação cénica e do papel central do actor em todo o processo criativo: consciencializar para a necessária dramaturgia do actor operada através dos movimentos e sons do seu corpo-voz-emoção-mente, unindo o tempo (texto e música) e o espaço (cenário, luz e encenação) tendo sempre por base a intenção de comunicação com o público; - Com a formação em locução e dobragens pretende-se abrir o universo dos alunos para a multiplicidade de áreas onde as suas competências são postas à prova. É uma experiência fundamental, não só no percurso formativo dos alunos, mas também como possibilidade de saída profissional finda a formação na Universidade.
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Metodologias de ensino e avaliação
Metodologias de ensino e avaliação
- A prática na aula articula a pesquisa com exercícios de interpretação a partir de suportes dramatúrgicos diversos: promove a abertura do imaginário, da subjetividade e da criatividade e consolida as competências técnicas de interpretação. - Incute-se no grupo a noção da importância, para a sua formação, em serem espectadores assíduos nos espetáculos apresentados nos palcos da cidade ao longo do ano; a posterior crítica em relatório escrito obriga à fundamentação das opiniões. - Apresentações à comunidade: exercícios práticos a desenvolver em grupo sobre textos poéticos, em prosa ou dramáticos que, pelo confronto com o público, permitem refletir a evolução do trabalho individual e colectivo de aquisição de competências de análise, de interpretação e criação. - Assiduidade e pontualidade- 10% - Exercícios individuais e relatórios- 15% - Empenho, qualidade de participação e evolução- 35% - Trabalhos práticos em grupo- 40% - Sem exame final. Frequência de 75% das aulas.
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Bibliografia principal
Bibliografia principal
Edward Gordon Craig, On the art of the theatre Konstantin Stanislavski, A Minha Vida na Arte Konstantin Stanislavski, A Preparação do Actor Michael Thèckov, To the Actor – on the technique of acting Cicely Berry, Voice and the Actor Peter Brook, O Espaço vazio Declan Donnellan, The Actor and the target David Mamet, True and False: Heresy and Common Sense for the Actor
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Horário de Atendimento
Horário de Atendimento
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Mobilidade
Mobilidade
Não