Disciplina Laboratório de Competências Clínicas

Adoptam-se propostas transteóricas e integrativas da psicoterapia, bem como modelos interpessoais focados no desenvolvimento pessoal do/a terapeuta e nas competências clínicas para o estabelecimento, manutenção e reparação de alianças terapêuticas. Procurar-se-á proporcionar uma discussão e reflexão crítica estruturante do pensamento clínico e da capacidade de pensar a prática clínica de forma ajustada às especificidades do caso e do setting (e.g., cliente, problemática, recursos). De modo a facilitar o treino destas competências serão implementadas modalidades de treino de competências com recurso a: vídeos de sessões de psicoterapia; análise de vinhetas clínicas; formulações de caso; encenações de caso e role-plays gravados em vídeo, seguidos de feedback de pares e auto-escopia.

Não aplicável

CP1. Perspectiva histórica da intervenção psicológica na psicologia clínica Do modelo único aos fatores comuns Integração técnica e supra-paradigmática CP2. Pressupostos, estádios e preditores da mudança terapêutica A resistência e/ou ambivalência face à mudança CP3. Relação terapêutica como elemento de intervenção e fator de mudança Aliança terapêutica: ameaças, impasses e reparação de rupturas Mecanismos defensivos: manifestações narrativas e na dinâmica relacional Uso terapêutico da transferência e contratransferência Empatia, alteridade e competência multicultural CP4. Competências e intervenções focadas no afecto Construção e gestão da aliança e relação terapêutica Escuta e organização das dimensões narrativas e afetivas CP5. História clínica e formulação de caso Planeamento e avaliação do processo terapêutico Elementos, procedimentos e tomada de decisão CP6. Desenvolvimento pessoal e competências meta-cognitivas.

As metodologias de ensino integram um conjunto de práticas de inovação pedagógica baseadas na evidência e ajustadas aos objetivos e conteúdos da unidade curricular, incluindo: treino e reflexão crítica em torno das competências clínicas de estabelecimento, manutenção e reparação da relação e aliança terapêutica; autoscopia e feedback qualitativo entre pares; enfâse na participação ativa e na reflexão e discussão conjuntas; e recurso a exemplos de casos clínicos reais e ficcionais.

Cabaniss, D. L. (2016). Psychodynamic psychotherapy: A clinical manual. John Wiley & Sons. Castonguay, L. G., & Beutler, L. E. (2006). Principles of therapeutic change that work. Oxford University Press. Hill, C. E., & O'Brien, K. M. (2014). Helping skills: Facilitating exploration, insight, and action. APA. Ivey, A., Ivey, M., & Zalaquett, C. (2013). Intentional interviewing and counseling: Facilitating client development in a multicultural society. Nelson Education. Levy, R. A., Ablon, J. S., & Kächele, H. (Eds.) (2011). Psychodynamic psychotherapy research: Evidence-based practice and practice-based evidence. Springer Science & Business Media. Prochaska, J. O., & Norcross, J. C. (2018). Systems of psychotherapy: A transtheoretical analysis. Oxford University Press. Ribeiro, E. (2019). Aliança terapêutica: Da teoria à prática clínica. Psiquilíbrios Edições. Safran, J. D., & Muran, J. C. (2000). Negotiating the therapeutic alliance: A relational treatment guide. The Guilford Press.